Como surgiu a primeira vacina?
Em 1796, ao perceber que moradores de áreas rurais que haviam contraído cowpox (varíola bovina), uma doença semelhante à varíola, não ficavam doentes com a varíola humana, o médico Edward Jenner fez um experimento e aplicou em um menino chamado James Phipps de oito anos, uma pequena dose de varíola bovina. O garoto ficou doente, mas manifestou uma forma branda da doença. Após sua recuperação, Jenner introduziu na criança o vírus da doença humana em sua forma mais fatal, retirado de uma ordenhadeira. O menino, já imune, não desenvolveu a varíola. A palavra “vacina” vem de “vacca”, justamente pelo contexto histórico.
Fonte: Butantan
Vacinas NÃO causam autismo.
Um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre vacinas e o autismo, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que o publicou. Novos estudos descartaram totalmente essas possibilidades.
Fonte: Ministério da Saúde
As vacinas são muito seguras.
As vacinas são muito seguras. Muito mais do que contrair as doenças. A maioria das reações são geralmente pequenas e temporárias, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. Reações graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. A poliomielite, por exemplo, pode causar paralisia; o sarampo pode causar encefalite e cegueira; e algumas doenças preveníveis por meio da vacinação podem até resultar em morte. Então, alguns dias de braço dolorido valem a pena por uma vida de segurança, né?
Fonte: Ministério da Saúde
Vacinas são necessárias. Somente uma melhor higiene e saneamento NÃO farão as doenças desaparecerem.
Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, independente de quão limpos estamos. Se as pessoas não forem vacinadas, doenças que se tornaram raras, como a poliomielite e o sarampo, reaparecerão rapidamente.
Fonte: Ministério da Saúde
Sem vacinas, mortalidade infantil seria no mínimo 45% maior. Um estudo publicado no Jornal The Lancet revelou o impacto de programas de vacinação infantil em 98 países de média e baixa renda, e estimou que a mortalidade em crianças menores de cinco anos nos 98 países seria 45% maior na ausência de vacinação contra os 10 principais patógenos que podem ser evitados com vacinas. Fonte: The Lancet
A doença está erradicada na minha região. Preciso me vacinar?
Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Desde 2005, por exemplo, na Europa Ocidental ocorrem focos de sarampo em populações não vacinadas (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Reino Unido). Dessa forma, as duas principais razões para a vacinação são proteger a nós mesmos e também as pessoas que estão à nossa volta. Programas de vacinação bem-sucedidos, assim como as sociedades bem-sucedidas, dependem da cooperação de cada indivíduo para assegurar o bem de todos. Não devemos apenas confiar nas pessoas ao nosso redor para impedir a propagação da doença; nós também devemos fazer tudo o que pudermos.
Fonte: Ministério da Saúde
A história de Paul Alexander, o último sobrevivente em um pulmão de ferro nos EUA.
Em 1952, na era anterior à vacina contra a poliomielite, Paul Alexander tinha 6 anos e contraiu a doença, também chamada de paralisia infantil. Ele acabou paralisado do pescoço para baixo. Para evitar sua morte por asfixia, já que ele não conseguiria respirar sozinho, os médicos os colocaram em um grande pulmão de ferro, que o ajuda a respirar. E já faz 70 anos que ele sobrevive dessa forma. Mesmo paralisado e preso à máquina, conseguiu estudar direito e se formar. Acabou escrevendo o livro “Three Minutes for a Dog: My Life in an Iron Lung” (Três Minutos para um Cachorro: Minha vida em um pulmão de ferro), em que ele levou 8 anos para escrever com um pedaço de plástico na boca, batendo em um teclado.
Fonte: Wikipedia
A importância de vacinar contra a poliomielite.
Poliomielite, ou paralisia infantil, não apresenta sintomas em 90% dos casos. E em 1%, a doença ataca o sistema nervoso, causando inflamação e podendo levar a diversos tipos de paralisias e à morte. A doença não tem tratamento específico. A única forma de evitar a paralisia é a prevenção. E por isso é tão importante se vacinar, mesmo que esteja em uma região onde ela tenha sido erradicada, pois isso ajuda a proteger toda a comunidade ao redor ao parar a circulação do vírus.
Fonte: Fiocruz
Conheça algumas doenças preveníveis por vacina:
• Poliomelite é doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita geralmente nas pernas. A transmissão ocorre pelo contato direto com pessoas ou contato com fezes de pessoas contaminadas, ou ainda contato com água e alimentos contaminados.
• O tétano é uma infecção, causada por uma toxina (substância tóxica) produzida pelo bacilo tetânico, que entra no organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou pelo coto do cordão umbilical (tétano neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema nervoso central. Caracteriza-se por contrações e espasmos, dificuldade em engolir e rigidez no pescoço.
• A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por ataques de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. Em crianças com menos de seis meses, apresenta-se de forma mais grave e pode levar à morte.
• Haemophilus influenzae do tipo b é uma bactéria que causa um tipo de meningite (inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro), sinusite e pneumonia. A doença mais grave é a meningite, que tem início súbito, com febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito e rigidez da nuca (pescoço duro). A meningite é uma doença grave e pode levar à morte.
• O sarampo é uma doença muito contagiosa, causada por um vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo. É transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou fala, especialmente em ambientes fechados. Facilita o aparecimento de doenças como a pneumonia e diarreias e pode levar à morte, principalmente em crianças pequenas.
• A rubéola é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca febre e manchas vermelhas na pele, começando pelo rosto, couro cabeludo e pescoço, se espalhando pelo tronco, braços e pernas. É transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas.
• A caxumba é uma doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas responsáveis pela produção de saliva na boca (parótida) e, às vezes, de glândulas que ficam sob a língua ou a mandíbula (sub-linguais e sub-mandibulares). O maior perigo é a caxumba “descer”, isto é, causar inflamação dos testículos principalmente em homens adultos, que podem ficar sem poder ter filhos depois da infecção. Pode causar ainda inflamação dos ovários nas mulheres e meningite viral. É transmitida pela tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.
• A febre amarela é uma doença infecciosa, causada por um vírus transmitido por vários tipos de mosquito. O Aedes Aegypti pode transmitir a doença, causando a febre amarela urbana, o que, desde 1942, não ocorre no Brasil. A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, que é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora das cidades. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a sangramento no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte.
• A difteria é causada por um bacilo, produtor de uma toxina que atinge as amídalas, a faringe, o nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas. É transmitida, por meio de tosse ou espirro, de uma pessoa contaminada para outra.
• Hepatite B é uma doença causada por um vírus e que provoca mal-estar, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. O doente fica com a pele amarelada. A Hepatite B é grave, porque pode levar a uma infecção crônica (permanente) do fígado e, na idade adulta, levar ao câncer de fígado.
Fonte: Blog do Ministério da Saúde